Quando o solo ou a água estão comprometidos por substâncias perigosas, os impactos podem se espalhar, o que afeta comunidades inteiras e traz riscos à saúde pública. Esse é um dos motivos que permitem apontar o gerenciamento de áreas contaminadas como uma medida essencial.
Como referência, um levantamento da American Association for the Advancement of Science (AAAS) revelou que até 17% das terras agrícolas globais apresentam metais tóxicos como cádmio, níquel e arsênico, o que ameaça a saúde de 1,4 bilhão de pessoas.
A exposição a essas substâncias está associada a problemas neurológicos, câncer, falência renal e malformações congênitas. Logo, implementar esse processo de gerenciamento é essencial para recuperar locais degradados, proteger as pessoas e evitar prejuízos ambientais que se acumulam ao longo dos anos.
Para lidar com as complexidades dessa gestão, contar com parceiros estratégicos, como a Ambisis, permite ter acesso a soluções que facilitam a rotina e apoiam a conformidade ambiental.
Ao continuar a leitura, você descobre por que é necessário gerenciar corretamente as áreas contaminadas e como fazer!
O que são áreas contaminadas?
Áreas contaminadas são locais onde o solo, a água ou o ar subterrâneo foram impactados por substâncias químicas perigosas em concentrações que representam risco à saúde humana e ao meio ambiente.
Essa contaminação pode ocorrer por situações como:
- vazamentos;
- descarte inadequado de resíduos;
- acidentes industriais;
- uso prolongado de agrotóxicos;
- entre outras fontes.
A existência dessas áreas pode afetar diretamente a qualidade da água potável, a produção de alimentos e a biodiversidade local.
Uma pesquisa da Deep Science Ventures alerta que mais de 100 milhões de químicos em circulação e a poluição química têm impacto comparável às mudanças climáticas, mas recebe menos atenção. Mesmo assim, é uma situação ligada à infertilidade, disfunções imunológicas e doenças metabólicas graves.
Com base nesse cenário, entender o que são áreas contaminadas é fundamental para dimensionar o risco e agir de maneira efetiva, inclusive para mitigar os impactos.
Quais são as etapas do gerenciamento de áreas contaminadas?
O processo de gerenciamento de áreas contaminadas tem uma sequência de etapas técnicas que permitem identificar, avaliar e, quando necessário, intervir em locais que representem risco ambiental ou à saúde pública. Cada fase tem objetivos claros e contribui diretamente para decisões mais seguras e eficientes.
A seguir, entenda quais são as principais etapas desse processo e como se complementam na prática.
1. Avaliação preliminar
Essa é a fase inicial do gerenciamento de áreas contaminadas e tem como objetivo levantar informações históricas e atuais da área suspeita. O foco é identificar atividades anteriores que possam ter gerado contaminação, como presença de tanques subterrâneos, uso de substâncias perigosas ou descarte de resíduos.
A partir desse levantamento, é possível determinar se há indícios suficientes para seguir com investigações mais detalhadas. Um bom diagnóstico preliminar ajuda a economizar recursos e evita ações desnecessárias.
2. Investigação confirmatória
Nesta etapa, são realizadas coletas de amostras do solo, água subterrânea e outros meios para confirmar se a área está ou não contaminada. As análises laboratoriais identificam os tipos de contaminantes e seus níveis de concentração.
O resultado pode indicar que a área está em conformidade ou que há contaminação real, o que exige continuidade no processo. É uma etapa decisiva para validar ou descartar suspeitas levantadas anteriormente.
3. Investigação detalhada
Caso a contaminação seja confirmada, a investigação passa a ser mais precisa. O objetivo agora é mapear a extensão da área afetada, o comportamento dos contaminantes no ambiente e a presença de receptores expostos, como pessoas ou corpos d’água próximos.
Essa fase fornece as informações técnicas necessárias para realizar a análise de risco e planejar a remediação de forma direcionada. É aqui que se constrói a base para decisões estratégicas e custo-efetivas.
4. Análise de risco
A análise de risco identifica os perigos reais associados à contaminação, com base na toxicidade das substâncias, nos caminhos de exposição e nos grupos vulneráveis. Por exemplo, uma contaminação próxima a uma escola exige respostas diferentes de uma localizada em área industrial desativada.
A depender do resultado, a área pode ser classificada como crítica, que tem necessidade imediata de remediação, ou como de baixo risco, passível de monitoramento sem intervenção.
5. Remediação
A remediação é a execução de medidas para eliminar, conter ou reduzir os contaminantes a níveis seguros. Essa fase do gerenciamento de áreas contaminadas pode envolver processos como:
- escavação e remoção de solo;
- tratamento da água subterrânea;
- aplicação de tecnologias no local, como biorremediação ou barreiras reativas.
Essa fase requer um plano técnico robusto, licenciamento ambiental e acompanhamento contínuo para garantir sua efetividade.
6. Monitoramento pós-remediação
Após a conclusão da remediação, inicia-se o monitoramento ambiental para verificar se os padrões de qualidade foram atingidos e se há risco de nova contaminação. Essa etapa pode durar meses ou anos, a depender do caso.
Entender as etapas do gerenciamento de áreas contaminadas é essencial para garantir que todo o processo seja conduzido com segurança, eficiência e em conformidade com a legislação ambiental vigente.
Como fazer gerenciamento de áreas contaminadas?
O gerenciamento de áreas contaminadas exige conhecimento técnico, estrutura adequada e decisões baseadas em dados. Cada caso tem suas particularidades, mas existem práticas fundamentais que ajudam a conduzir esse processo com mais segurança, eficiência e responsabilidade ambiental.
Como já detalhamos as etapas no tópico anterior, agora você vai entender como são aplicadas. Confira a seguir.
1. Realize a avaliação preliminar
A primeira medida para o gerenciamento de áreas contaminadas é reunir o máximo de informações sobre o histórico de uso da área. Essa etapa permite identificar atividades potencialmente poluidoras, mapear fontes suspeitas e orientar os próximos passos com base em evidências.
Um bom exemplo é quando uma consultoria ambiental é contratada por uma empresa de transporte para avaliar um antigo pátio de manutenção.
Mesmo sem sinais aparentes de contaminação, a análise histórica pode revelar uso frequente de óleo diesel, lubrificantes e solventes, o que justifica investigações mais profundas.
2. Execute uma investigação técnica para definir a estratégia
A investigação ambiental serve para confirmar se existe contaminação e qual é a sua extensão. Conforme o resultado das avaliações confirmatória e detalhada, a área pode ser classificada como suspeita, contaminada ou em processo de remediação.
Esse diagnóstico técnico é essencial para definir prioridades. Uma indústria de galvanoplastia, por exemplo, pode ter contaminação por metais pesados restrita a uma parte do terreno, o que permite medidas focadas e mais eficazes.
3. Faça a análise de risco para a tomada de decisão
A análise de risco considera quem está exposto à contaminação, por quais vias e em que intensidade. Essa avaliação ajuda a definir se a área precisa de intervenção imediata, se pode ser monitorada ou se está apta para uso controlado.
É comum que áreas com baixo risco à saúde humana sejam mantidas sob monitoramento. Por outro lado, locais próximos a escolas, residências ou mananciais exigem ações mais rápidas e rigorosas.
Saber como fazer gerenciamento de áreas contaminadas inclui entender que nem toda contaminação exige a mesma resposta, pois o contexto é determinante.
4. Siga para a remediação e monitoramento contínuo
As ações corretivas vão desde a remoção do solo contaminado até a adoção de tecnologias de contenção ou tratamento no local. Após a remediação, inicia-se o monitoramento ambiental para garantir que os níveis de contaminação permaneçam sob controle.
Na prática, um gerenciamento bem-feito reduz riscos, evita multas e traz segurança jurídica para empresas e consultorias.
Como a Ambisis otimiza esse processo de gestão
O gerenciamento de áreas contaminadas é o caminho mais seguro para identificar esses riscos, mitigar danos e garantir soluções ambientalmente responsáveis. Assim, é possível garantir mais segurança para as pessoas e para o meio ambiente.
A Ambisis oferece uma plataforma pensada para tornar a gestão de áreas contaminadas mais ágil e precisa, com ferramentas que integram histórico da área, documentação, indicadores ambientais, relatórios personalizáveis e alertas automáticos de prazos. Tudo em um só lugar, com rastreabilidade, segurança da informação e suporte técnico especializado.
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