Diversas legislações garantem a proteção e a preservação do meio ambiente, e cumprir esses requisitos é um dever das instituições públicas e privadas. Para assegurar que as leis não fiquem só no papel, o monitoramento ambiental entra em ação.
Afinal, o objetivo não é apenas criar regras, normas e decretos, mas também rastrear a efetividade das diretrizes, visando à sustentabilidade e o desenvolvimento dos modelos econômicos.
Em um país de dimensões continentais como o Brasil, rico em recursos naturais, a conservação dos rios, florestas e do ar é um fator determinante para a qualidade de vida da população.
Por isso, o controle ambiental é tão estratégico atualmente, pois já sofremos os efeitos no meio ambiente dos primeiros séculos de industrialização em larga escala, exploração de matérias-primas e crescimento populacional.
Segundo a última edição do relatório ‘Global Environment Outlook 6’, produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU), 25% das mortes e doenças no mundo são provocadas por danos ambientais.
Os fatores que mais contribuem para esse resultado são: poluição atmosférica, contaminação da água potável por produtos químicos e destruição rápida de ecossistemas.
Quer saber mais sobre o processo que controla a regularidade das demandas ambientais?
Continue a leitura do artigo e entenda o que é, para que serve, tipos, como é feito e como otimizar a gestão de informações no monitoramento do meio ambiente.
Boa leitura!
O que é monitoramento ambiental?
O monitoramento ambiental é um processo que acompanha as principais variáveis envolvidas em um projeto, empreendimento ou atividade para verificar como esses fatores se alteram devido à ação humana ou a mudanças naturais no local.
Por meio desse controle, ainda é possível constatar se as modificações no meio ambiente ao longo do tempo foram positivas ou negativas e acompanharam a evolução dos riscos e impactos.
O monitoramento é um dos princípios da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), que regulamenta o “acompanhamento do estado da qualidade ambiental” no país. Ou seja, fazer a supervisão contínua dos dados e implementar medidas que protejam o meio ambiente.
Em termos legais, no contexto corporativo o monitoramento é uma das ações que compõem o processo de licenciamento ambiental.
Para que serve o monitoramento ambiental?
O monitoramento ambiental serve para descobrir, analisar e inspecionar a condição ambiental do local analisado para que, se necessário, adotar medidas de redução, reabilitação e otimização das ações de proteção à qualidade ambiental.
Independentemente do tamanho e complexidade de um projeto ou atividade, o monitoramento é fundamental para garantir que os processos de negócio atendam aos requisitos legais ambientais.
O controle ainda assegura a consideração dos impactos de um empreendimento, além de determinar medidas efetivas para reduzir ou eliminar riscos de danos ambientais.
A construção de rodovias e grandes projetos de construção civil, como resorts nos litorais e condomínios em área urbana, por exemplo, precisa fazer o monitoramento, seja com uma equipe própria ou contratando uma consultoria ambiental.
Que atividades podem ser aplicadas no monitoramento ambiental?
O monitoramento ambiental envolve várias atividades. Cada contexto apresenta necessidades específicas, portanto, a equipe responsável estabelece os mecanismos. Veja exemplos de atividades frequentes:
- criação de relatórios para registrar os dados levantados, detalhando os resultados e as decisões tomadas sobre os cuidados na execução do projeto;
- elaboração de estudos de impacto ambiental, realizados antes do início do projeto para antecipar e avaliar a extensão dos possíveis impactos da atividade;
- instalação de sensores para acompanhar variações de dados, como radiação, temperatura e qualidade do ar;
- realização de auditorias internas para garantir o cumprimento das legislações ambientais exigidas pela natureza do projeto;
- recolhimento de amostras do solo, água e ar para análise laboratorial;
- utilização de drones e satélites para acompanhamento remoto, especialmente de grandes áreas ou locais de difícil acesso.
Essas atividades dão embasamento para a análise dos gestores e consultores ambientais. Dessa forma, os profissionais visualizam cada aspecto do projeto e tomam decisões assertivas para preservar o meio ambiente.
Como é feito o monitoramento ambiental?
O monitoramento ambiental começa com a reunião dos dados coletados por meio de amostras ou outro mecanismo de controle. Após reunir as informações, a equipe verifica as alterações, a evolução dos impactos levantados e define novas ações de controle, quando necessário.
É importante destacar que o método de recolhimento dos dados precisa seguir um padrão para que as comparações entre os períodos monitorados sejam coerentes.
Grandes indústrias e empresas com operação nacional monitoram e elaboram relatórios anuais públicos ou para stakeholders. A estratégia é mostrar os resultados positivos da operação no meio ambiente e na economia.
Uma solução que facilita a gestão do histórico de informações das empresas é a plataforma ambiental. O sistema organiza dados dos projetos e auxilia no gerenciamento eficiente de licenças, condicionantes, outorgas, autorizações, protocolos, vistorias e certificados.
Compreender a importância da tecnologia melhora a qualidade e confiabilidade do plano de monitoramento do meio ambiente.
Quais são os principais tipos de monitoramento ambiental?
Os principais tipos de monitoramento ambiental são:
- Monitoramento da biodiversidade: analisa o impacto de um projeto/atividade no ecossistema, medidas de preservação e recuperação.
- Monitoramento da qualidade da água: aponta a contaminação por metais pesados, resíduos químicos industriais ou patogênicos.
- Monitoramento da qualidade do ar: detecta partículas de gases poluentes em suspensão, como dióxido de enxofre e monóxido de carbono.
- Monitoramento da qualidade do solo: avalia as características da terra, como pH, nutrientes e existência de elementos tóxicos.
- Monitoramento de eventos climáticos e meteorológicos: analisa os efeitos das mudanças climáticas e gera um plano para gestão de desastres naturais.
- Monitoramento de radiação ambiental: mede os níveis de radiação e os prejuízos à saúde em áreas próximas a instalações nucleares ou que passaram por acidentes radioativos.
- Monitoramento de resíduos sólidos: rastreia o ciclo de descarte, armazenamento e reciclagem de sobras da produção industrial.
- Monitoramento de ruído ambiental: avalia os níveis sonoros de atividades ruidosas e sugere medidas para redução dos riscos para a audição.
Dimensão dos monitoramentos
Existem dois grupos principais conforme a dimensão: o monitoramento em microescala e o monitoramento em macroescala. Entenda cada tipo a seguir:
Monitoramento em microescala
É o monitoramento que avalia os potenciais impactos em áreas menores. Por exemplo, uma indústria geradora de efluentes precisa descartá-los corretamente.
Apesar da análise ser pontual, não significa que o dano ambiental será pequeno. A definição de monitoramento em microescala refere-se às dimensões do espaço analisado.
Monitoramento em macroescala
É o controle de grandes territórios nos quais os danos ambientais podem afetar o equilíbrio da qualidade de vida da população de um país e até do planeta.
Esse monitoramento acontece em áreas protegidas por lei estaduais e federais (ex: Pantanal e Amazônia), e em grandes projetos governamentais, como a abertura de rodovias.
Simplifique a gestão de informações ambientais
O monitoramento ambiental é fundamental para o sucesso da gestão de uma empresa ou projeto. A não conformidade com as legislações vigentes gera penalidades, como advertências, multas, embargos e até perda da licença ambiental.
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