Indicadores ESG: estratégias para empresas conscientes

Indicadores ESG

Os indicadores ESG ganharam protagonismo no mundo corporativo por funcionarem como referência na hora de avaliar o comprometimento das empresas com responsabilidade ambiental, social e de governança. 

Mais do que números, refletem propósito, impacto e valores. E, assim, influenciam diretamente as decisões de investidores, consumidores e profissionais em busca de empresas alinhadas com o futuro.

Imagine um investidor diante de duas empresas do mesmo setor. Ambas são lucrativas, inovadoras e com boa presença no mercado. Mas uma reduz suas emissões de carbono ano após ano, investe em diversidade na liderança e adota uma política de transparência ética rigorosa. A outra não. Em qual das duas você acha que ele apostaria seu dinheiro?

Neste artigo, você vai entender o que são indicadores ESG, por que pesam tanto nas decisões estratégicas e como aplicá-los na prática para fortalecer o posicionamento da sua empresa. Boa leitura!

O que são indicadores ESG?

Os indicadores ESG são métricas que avaliam o desempenho de uma empresa em três pilares: ambiental (Environmental), social (Social) e governança (Governance). Mais do que modismo, esses indicadores se tornaram essenciais para avaliar a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa de um negócio.

Em geral, investidores, agências reguladoras, consumidores conscientes e a própria gestão empresarial utilizam essas métricas para avaliar as operações sob seus pontos de vista. Afinal, uma organização que ignora questões socioambientais corre riscos legais, reputacionais e financeiros.

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Por que os indicadores importam tanto?

Vivemos um momento em que a conexão entre a imagem institucional, as práticas sustentáveis e a ética corporativa nunca foi tão forte. Assim, empresas que não adotam indicadores correm o risco de perder valor no mercado. Por outro lado, aquelas que utilizam essas práticas com seriedade atraem investimentos, fidelizam clientes e aumentam sua resiliência.

A aplicação dos indicadores ajuda a identificar pontos críticos de gestão, reduz riscos e aumenta a eficiência operacional. Além disso, empresas comprometidas com os pilares ESG estão mais preparadas para lidar com crises, mudanças regulatórias e expectativas da sociedade.

Inclusive, o Merco (Monitor Empresarial de Reputação Corporativa) avalia e compartilha anualmente a reputação das empresas em diferentes aspectos, como Responsabilidade ESG.

No ranking 2023, o mais recente disponível, empresas como Natura, Grupo Boticário e Hospital Sírio-Libanês lideram a lista com as maiores pontuações. O relatório considera os avanços de cada organização a partir das informações que cada uma compartilha.

Exemplos de indicadores ESG em diferentes setores

Até aqui, você entendeu o conceito, então, o que acha de tornar o assunto mais concreto a partir dos exemplos de indicadores ESG? A seguir, veja como é possível aplicá-los nos setores de:

  • energia;
  • tecnologia;
  • financeiro;
  • industrial.

Saiba mais!

Setor de energia

Empresas do setor de energia costumam monitorar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) ao mensurar as toneladas de CO2 que lançam na atmosfera a cada ano.

Outro indicador importante é o uso de fontes renováveis, que mostra o percentual da matriz energética baseada em fontes limpas, como solar, eólica ou biomassa. Além disso, os planos de descarbonização indicam as estratégias e metas que a empresa adotou para a transição para uma matriz energética mais sustentável.

Setor de tecnologia

No setor de tecnologia, os indicadores se concentram fortemente em questões sociais e de governança. A diversidade na liderança, por exemplo, mede o percentual de mulheres e de pessoas de grupos minoritários em cargos de decisão.

Já a avaliação da cibersegurança e da privacidade de dados passa pelo número de incidentes que a empresa registrou, bem como pela robustez das políticas de proteção da informação. Outro ponto relevante é a transparência fiscal, que diz respeito ao grau de divulgação das suas políticas tributárias.

Setor financeiro

No setor financeiro, um dos principais indicadores é o percentual da carteira alocado em investimentos sustentáveis, ou seja, em empresas que apresentam boas práticas ESG.

Também se avalia a existência e a eficácia de políticas anticorrupção, por meio de mecanismos de controle interno e governança. 

O relacionamento com stakeholders é outro aspecto central, que ajuda a entender o nível de engajamento da instituição com clientes, reguladores e a sociedade em geral.

Setor industrial

As empresas da indústria tendem a acompanhar indicadores que se relacionam ao uso eficiente de recursos e segurança. O monitoramento da gestão de água, por exemplo, ocorre a partir do volume que a empresa reutilizou ou tratou em seus processos produtivos.

Já a mensuração de resíduos perigosos avalia desde a quantidade de materiais que as atividades geraram até a destinação adequada. Por fim, os acidentes de trabalho são avaliados pela frequência e gravidade dos incidentes que a empresa registrou ao longo de um determinado período.

Leia também: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos: o que é?

Como definir indicadores ESG na empresa?

Criar indicadores ESG eficazes exige planejamento, envolvimento das lideranças e conhecimento sobre as particularidades do setor. A seguir, veja um passo a passo para orientar o processo:

  1. Entenda seu contexto;
  2. Converse com os stakeholders;
  3. Realize um diagnóstico ESG;
  4. Defina indicadores relevantes;
  5. Integre à estratégia;
  6. Monitore e evolua.

Entenda como fazer!

1. Entenda seu contexto

Antes de escolher os indicadores, é essencial conhecer bem o seu setor e as particularidades da sua operação. Você pode identificar os principais impactos ambientais, sociais e de governança relacionados à sua atividade.

Uma indústria de alimentos, por exemplo, deve analisar seu consumo de água, a procedência das matérias-primas, a gestão de resíduos e o relacionamento com comunidades do entorno. 

Ao entender o contexto, é possível definir prioridades e evitar indicadores genéricos que não refletem a realidade do negócio.

2. Converse com os stakeholders

Os indicadores ESG devem refletir não apenas os interesses internos da empresa, mas também as expectativas das partes interessadas. Portanto, abra um espaço de troca com seus colaboradores, clientes, fornecedores, comunidades e até com órgãos reguladores para entender o que realmente importa para cada público.

Entre as estratégias que contribuem estão entrevistas, grupos focais, pesquisas de percepção ou canais abertos de diálogo, inclusive nas redes sociais. Ao valorizar a opinião dos stakeholders, é possível aumentar a legitimidade dos indicadores e fortalecer o engajamento com a agenda ESG.

3. Realize um diagnóstico ESG

Antes de definir novos indicadores, é preciso saber em qual posição a empresa está. Um diagnóstico ESG mapeia as práticas já existentes, identifica lacunas e aponta oportunidades de melhoria.

Você pode conduzi-lo internamente, com apoio de diferentes áreas, ou com consultorias especializadas, que trazem benchmarks e metodologias reconhecidas. Afinal, um bom diagnóstico evita retrabalho, direciona recursos de forma mais eficiente e aumenta a maturidade da gestão ESG.

4. Defina indicadores relevantes

Com base no contexto e no diagnóstico, é hora de escolher os indicadores que realmente fazem sentido para a empresa. Lembre-se de que é fundamental trabalhar com métricas mensuráveis, comparáveis e alinhadas aos objetivos estratégicos do negócio.

Uma dica é priorizar indicadores reconhecidos por frameworks consolidados, como GRI, SASB ou TCFD, que facilitam a comunicação com investidores e outras partes interessadas. Além disso, tenha em mente que uma seleção enxuta de dados bem estruturados são mais eficazes do que uma lista extensa e genérica.

5. Integre à estratégia

Os indicadores não podem se restringir a relatórios ou apresentações pontuais. É fundamental que façam parte da estratégia do negócio, com metas claras, planos de ação definidos e acompanhamento periódico.

Em outras palavras, é uma prática que exige o envolvimento da alta liderança e a definição de responsabilidades em todas as áreas. Quando os indicadores se tornam parte da rotina de gestão, a empresa avança com consistência e transforma boas intenções em resultados concretos.

6. Monitore e evolua

A gestão ESG é dinâmica. Dessa forma, acompanhar os indicadores de forma contínua é essencial. Recursos práticos e funcionais, como dashboards atualizados, relatórios detalhados e análises comparativas, ajudam a identificar avanços, detectar desvios e promover ajustes rápidos.

Além disso, comunicar os resultados de forma transparente fortalece a credibilidade da empresa. Com o tempo, o monitoramento constante contribui para uma cultura organizacional mais consciente, proativa e preparada para o futuro.

Leia também: Relatório de impacto ambiental: o que é e como fazer!

Agora que você já sabe como definir indicadores ESG na empresa, entenda como a tecnologia pode ajudar!

Indicadores ESG: o caminho para um futuro mais inteligente e rentável

Não é exagero dizer que os indicadores ESG conseguem redesenhar as regras do jogo. O que antes era visto como um “custo extra” ou apenas marketing institucional, hoje é um diferencial competitivo decisivo.

Nesse cenário, as instituições que adotam práticas sustentáveis estão mais preparadas para crescer com resiliência e propósito.

Se você quer começar — ou deseja aprimorar — o ESG sua empresa, o primeiro passo está em estruturar o aspecto ambiental, referente à letra E da sigla. Nesse ponto, contar com a tecnologia certa faz toda a diferença.

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  • compliance, com requisitos legais e inventário de leis sempre atualizado;
  • checklists inteligentes e relatórios completos em segundos;
  • painéis de licenciamento, alertas de vencimento e integração com órgãos ambientais;
  • dashboards estratégicos, com dados e indicadores visuais para uma tomada de decisão mais rápida.

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