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Inventário de gases de efeito estufa: saiba tudo sobre o documento

inventário de gases de efeito estufa

Em um mundo onde a sustentabilidade corporativa não é apenas uma tendência, mas uma necessidade, o inventário de gases de efeito estufa (GEE) se consolida como uma ferramenta essencial. 

Com o crescente impacto das mudanças climáticas, entender e gerenciar as emissões de GEE se tornou uma responsabilidade no cenário corporativo. Dessa forma, empresas e consultorias ambientais estão cada vez mais cientes de que suas práticas têm consequências diretas sobre o meio ambiente.

Por isso, este documento é um aliado indispensável na construção de um futuro ambientalmente correto.

Se você busca maneiras de tornar sua empresa mais sustentável e responsável, continue a leitura para descobrir como o inventário de GEE pode ser a chave para essa transformação.

O que é um inventário de gases de efeito estufa?

O inventário de gases de efeito estufa é uma ferramenta essencial para que as organizações compreendam e quantifiquem as emissões de GEE resultantes de suas atividades, identifiquem as fontes específicas de emissões para avaliar o impacto ambiental das operações e, assim, tracem estratégias para reduzi-las.

Por exemplo, com o inventário as empresas visualizam a quantidade de carbono que suas atividades emitiram, o que auxilia a atuação no mercado do crédito de carbono, com a compra e venda dos ativos.

Quais são os principais GEE?

O Protocolo de Kyoto regula seis principais gases de efeito estufa, todos monitorados pelos inventários. Dentre esses, os mais comuns são o dióxido de carbono (CO₂), o metano (CH₄) e o óxido nitroso (N₂O). 

Além deles, temos o hexafluoreto de enxofre (SF₆) e os grupos de gases conhecidos como hidrofluorcarbonos (HFCs) e perfluorcarbonos (PFCs). Esses gases são os grandes responsáveis pelo aquecimento global e consequentes mudanças climáticas

A partir da análise dessas emissões, as organizações implementam políticas mais sustentáveis, focadas em mitigar seu impacto ambiental.

Aproveite para saber mais sobre o Protocolo de Kyoto:

Para que serve um inventário de gases de efeito estufa?

Em primeiro lugar, trata-se de uma medida fundamental para a gestão ambiental de qualquer organização comprometida com a sustentabilidade atualmente. 

Além de fornecer dados importantes sobre as emissões de GEE, é essencial para aspectos como: 

  • cumprimento de exigências legais: em diversos países, inclusive no Brasil, empresas e indústrias que operam em determinados segmentos devem emitir anualmente o inventário;
  • redução de custos: identificar áreas para aprimorar a eficiência operacional permite que a empresa implemente ações para economizar recursos, diminuir despesas e otimizar processos;
  • credibilidade no mercado: a divulgação dos resultados ajuda a fortalecer a imagem da empresa junto a stakeholders, investidores e clientes, além de demonstrar transparência e compromisso com a sustentabilidade.

O inventário de GEEs trata da análise de itens importantes, como o uso de combustíveis fósseis, processos industriais, tratamento de resíduos e o consumo de eletricidade.

O documento se organiza em escopos que abordam tipos específicos de emissões para um controle mais preciso e estratégico, como exploraremos ao longo deste artigo. 

Leia também: Multa ambiental: tudo que você precisa saber

Qual a importância do inventário de GEE no meio ambiente?

Realizar anualmente o inventário de gases de efeito estufa vai além do simples cumprimento de obrigações legais. 

O documento permite que as empresas atuem ativamente na preservação do meio ambiente e tomem decisões informadas para reduzir sua pegada de carbono. 

Hoje em dia, com as discussões sobre mudanças climáticas em voga, esse documento se tornou uma ferramenta primordial para promover a sustentabilidade e proteger os recursos naturais para as futuras gerações.

Quem precisa fazer o inventário de gases de efeito estufa?

Em suma, indica-se o inventário de GEE para empresas que desejam reduzir seus impactos no meio ambiente e contribuir para um futuro mais sustentável. 

Todavia, é uma exigência para algumas indústrias, de acordo com o setor de atuação, porte e exigências legais vigentes em cada estado.

Para segmentos industriais de grande porte, como energia, petróleo, gás e mineração, o inventário é extremamente útil e até mesmo obrigatório por lei.

A obrigatoriedade é importante para assegurar a conformidade com as regulamentações ambientais. Além disso, é uma forma eficaz de monitorar e mitigar o impacto das atividades sobre o meio ambiente.

Além das indústrias, empresas que estabelecem metas de sustentabilidade precisam realizar o inventário de gases de efeito estufa. 

Por exemplo, as organizações que assumem compromissos públicos de reduzir suas emissões de carbono têm, no inventário, uma ferramenta para monitorar seu progresso. Seus dados demonstram, portanto, que estão no caminho certo para alcançar suas metas ambientais. 

Ou seja, o inventário serve não apenas como uma exigência legal ou uma prática de compliance. Em diversos casos, ainda funciona como uma estratégia para o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade corporativa.

Como fazer um inventário de GEE?

De maneira resumida, o processo para elaboração de um inventário de gases do efeito estufa pode ser dividido em 6 etapas. São elas:

  1. Definição do escopo: determine as fontes de emissões que estarão no inventário. Você pode dividi-las em três categorias: 
  • Escopo 1 (emissões diretas);
  • Escopo 2 (emissões indiretas de energia elétrica);
  • Escopo 3 (outras emissões indiretas).

  1. Coleta de dados: reúna todos os dados sobre consumo de energia, combustíveis, processos industriais e outras atividades que geram GEE.
  2. Cálculo das emissões: utilize fatores de emissão apropriados para converter os dados em quantidades de GEE emitidos. Esses fatores estão disponíveis em fontes confiáveis, como o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change).
  3. Análise dos resultados: avalie as emissões totais, identifique as principais fontes de GEE e observe tendências ao longo do tempo.
  4. Relatório do inventário: documente as etapas, dados e cálculos utilizados no inventário e gere um relatório completo que prioriza a transparência nas informações.
  5. Revisão e verificação: se possível, submeta o inventário a uma verificação independente para assegurar a precisão e a credibilidade das informações.

Porém, vale destacar que já existem alguns protocolos obrigatórios para a elaboração do inventário de GEE, além de normas específicas que devem ser consultadas caso você esteja construindo o seu inventário. 

Globalmente, o Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) é um dos principais exemplos, sendo uma normativa compatível à Norma Brasileira de Mudanças Climáticas – ABNT NBR ISO 14064.

Construa uma empresa sustentável com a aplicação do inventário de gases de efeito estufa

O inventário de gases de efeito estufa é uma prática fundamental dentro das organizações que buscam alinhar suas operações com os princípios da sustentabilidade. 

Como vimos ao longo deste artigo, além de garantir o compliance ambiental, o documento proporciona uma visão clara das emissões de GEE e permite a identificação de oportunidades de melhoria e a adoção de práticas mais sustentáveis. 

Com o apoio de softwares avançados, como o da Ambisis, o tratamento de informações ambientais similares a essa se torna mais simples e preciso, garantindo que a sua empresa esteja preparada para lidar com os desafios ambientais do presente e do futuro. 

Na contratação da plataforma, por exemplo, você tem acesso ao levantamento completo e atualizado das leis ambientais nacionais, federais e municipais que impactam sua empresa.

Além disso, também consegue facilitar seu processo de licenciamento através de automações que importam dados de licenças em poucos segundos e de recursos como alertas automáticos que previnem o risco de perder prazos importantes para a sua operação.

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