Em meio à complexidade da rotina hospitalar, os resíduos dos serviços de saúde estão entre os elementos que exigem atenção estratégica. De seringas descartadas a tecidos contaminados, a geração desses resíduos acompanha o ritmo dos atendimentos e impõe desafios ambientais e de saúde pública.
Em números, o Brasil gerou cerca de 293 mil toneladas de resíduos de serviços de saúde em 2023 — uma queda de 4,7% em relação ao ano anterior. A região Sudeste concentrou 66,5% desse total, enquanto a região Norte participou com apenas 3,9%. Os dados são do “Panorama de Resíduos Sólidos 2024”, da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA).
Apesar da relativa queda, a gestão adequada desses materiais apresenta desafios que não devem ser ignorados. Na prática, compreender como esses resíduos são classificados, tratados e destinados é fundamental para quem atua na área ambiental, em instituições de saúde ou consultorias.
Ao continuar a leitura, você vai entender como ocorre a gestão de resíduos dos serviços de saúde e o impacto que pode gerar. Acompanhe!
O que são resíduos dos serviços de saúde?
Os resíduos dos serviços de saúde são todos os materiais descartados por instituições que prestam algum tipo de atendimento à saúde humana ou animal, como:
- hospitais;
- clínicas;
- consultórios odontológicos;
- laboratórios;
- centros de vacinação;
- serviços de hemodiálise;
- necrotérios;
- farmácias;
- ambulatórios;
- estabelecimentos de estética.
Esses resíduos podem ter características físicas, químicas e biológicas distintas e parte deles oferece risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente. Desse modo, exigem um sistema de gerenciamento específico que vá além do descarte convencional.
Ao englobar diferentes fontes geradoras, esse tipo se diferencia dos resíduos sólidos urbanos e exige um olhar técnico, com normas e procedimentos de manejo bem definidos. Reconhecer essa amplitude é essencial para entender a importância de uma gestão eficiente, integrada e conforme a legislação ambiental vigente.
O que é resíduo hospitalar?
O resíduo hospitalar é uma categoria dentro do grupo mais amplo dos resíduos dos serviços de saúde. Esse tipo se refere especificamente ao que é gerado em hospitais, durante atividades como internações, procedimentos cirúrgicos, exames laboratoriais e atendimento ambulatorial.
Esses resíduos incluem, entre outros:
- materiais perfurocortantes;
- tecidos humanos;
- fluidos corporais;
- medicamentos vencidos ou inutilizados;
- itens contaminados;
Por estarem diretamente ligados ao ambiente hospitalar, geralmente apresentam risco biológico elevado.
Ao buscar entender o que é resíduo hospitalar, é fundamental distinguir seu contexto. Enquanto este tem origem exclusiva em hospitais, os resíduos dos serviços de saúde abrangem diversos outros estabelecimentos da área da saúde.
Essa diferenciação é relevante para garantir o correto enquadramento, manejo e cumprimento das obrigações legais que envolvem cada tipo de resíduo.
Como é feita a classificação dos resíduos de serviços de saúde?
Os resíduos de serviços de saúde são classificados com base na Resolução RDC nº 222/2018, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa resolução organiza os resíduos em grupos conforme o tipo de risco envolvido, o que facilita seu manejo e destinação corretos, conforme o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
Veja como são divididos:
- grupo A (potencialmente infectantes): incluem materiais contaminados com sangue, secreções, excreções ou agentes biológicos. Exemplo: gazes, luvas usadas, culturas de laboratório;
- grupo B (químicos perigosos): abrangem medicamentos vencidos, reagentes laboratoriais, resíduos de saneantes e produtos contendo metais pesados;
- grupo C (rejeitos radioativos): resíduos com materiais radioativos, como os oriundos de serviços de medicina nuclear e radioterapia;
- grupo D (resíduos comuns): são os que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico, como papel, papelão, restos de alimentos e embalagens não contaminadas;
- grupo E (perfurocortantes): englobam agulhas, ampolas, lâminas de bisturi e outros materiais que possam causar perfuração ou corte.
A correta classificação dos resíduos de serviços de saúde garante segurança aos trabalhadores, evita contaminações e assegura conformidade legal. Quando ignorada, pode comprometer toda a cadeia de gerenciamento de resíduos.
Qual a importância da gestão de resíduos de serviços de saúde?
A gestão adequada dos resíduos de serviços de saúde é fundamental para a proteção da saúde pública, do meio ambiente e da própria equipe envolvida nas atividades de coleta, transporte, armazenamento e tratamento desses resíduos. Quando o processo é falho, os riscos se multiplicam.
Confira os principais impactos de uma gestão ineficiente:
- contaminação ambiental: resíduos perigosos descartados de forma incorreta podem contaminar o solo, os lençóis freáticos e os corpos d’água, com prejuízo a ecossistemas inteiros;
- riscos à saúde pública: a exposição indevida a agentes infecciosos, substâncias químicas ou objetos perfurocortantes coloca profissionais e a população em risco, principalmente em áreas próximas a estabelecimentos de saúde;
- multas e sanções legais: o não cumprimento das normas ambientais e sanitárias pode gerar penalidades severas para instituições de saúde, além de danos à reputação;
- desorganização operacional: a ausência de um sistema eficiente dificulta o controle, gera retrabalho e aumenta os custos operacionais;
Por outro lado, a gestão eficiente mitiga todos esses riscos e transforma o processo em uma vantagem operacional. Entre os benefícios obtidos, estão:
- garantia de conformidade com a legislação ambiental e sanitária;
- redução de custos operacionais com mais controle e previsibilidade;
- melhora da segurança no trabalho e da rastreabilidade dos resíduos;
- fortalecimento do compromisso da instituição com a sustentabilidade.
Quais são os desafios e soluções na gestão desses resíduos?
Embora seja essencial, a gestão de resíduos de serviços de saúde enfrenta obstáculos que vão desde falhas operacionais até limitações estruturais e tecnológicas. Muitos locais ainda contam com processos manuais, por exemplo, o que dificulta o controle, aumenta os riscos e compromete a rastreabilidade.
Veja os principais desafios e caminhos viáveis para superá-los:
- falta de padronização dos processos: cada unidade pode operar de forma diferente, gerando inconsistência no manejo. A solução envolve adotar protocolos unificados e integrados para garantir conformidade e eficiência;
- descentralização das informações: documentos, registros e dados espalhados dificultam a tomada de decisão. Utilizar plataformas que centralizem e organizem todas as informações em um só lugar permite superar esse obstáculo;
- riscos legais e ambientais: o descarte incorreto pode causar multas, contaminações e danos à reputação do serviço de saúde. Implementar um sistema de gestão com alertas e rastreabilidade, por sua vez, garante o cumprimento das regras;
- baixo controle operacional: sem indicadores, não há visibilidade sobre falhas e oportunidades de melhoria. Assim, monitorar dados e gerar relatórios personalizados serve para embasar ações preventivas.
Uma das formas de superar a maior parte dos desafios é recorrer à tecnologia especializada, como a da Ambisis. Com um bom sistema especializado, é possível transformar a gestão de resíduos em um processo estratégico e seguro.
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A gestão dos resíduos dos serviços de saúde exige mais do que atenção e demanda estratégia, tecnologia e responsabilidade. Quando bem estruturada, protege vidas, evita danos ambientais e fortalece a reputação de quem atua na área.
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