Resíduos hospitalares: veja a importância do gerenciamento

Resíduos hospitalares

A gestão dos resíduos hospitalares é uma responsabilidade complexa e composta por diversas etapas. Há diversos protocolos para considerar, já que não é apenas a segurança dentro dos serviços de saúde que está em jogo. O gerenciamento e seus impactos também afetam o meio ambiente e o bem-estar da população.

Esse tema é especialmente relevante quando observamos os números no país. Em 2023, o Brasil gerou 223 mil toneladas de resíduos de serviços de saúde, segundo o “Panorama dos Resíduos Sólidos 2024”. Com um volume tão elevado, é essencial refletir sobre os impactos desses materiais.

Quer entender qual é a importância do gerenciamento de resíduos hospitalares e como fazer? Continue a leitura e descubra!

O que são resíduos hospitalares?

Os resíduos hospitalares são os materiais descartados por estabelecimentos de saúde durante a prestação de serviços médicos, laboratoriais, odontológicos, veterinários e atividades semelhantes.

Esses resíduos são gerados a partir do atendimento aos pacientes e da realização de procedimentos diversos. Ainda, podem ser decorrentes da limpeza de ambientes dessa área ou do uso de equipamentos e insumos hospitalares ou laboratoriais.

Há uma grande variedade de materiais que são classificados como resíduos hospitalares, o que inclui:

  • luvas descartáveis;
  • seringas;
  • curativos;
  • frascos de medicamentos;
  • restos de amostras biológicas;
  • componentes de equipamentos;
  • fluidos e tecidos corporais;
  • embalagens contaminadas, entre outros.

Ao compreender o que são resíduos hospitalares, percebe-se que a principal característica desse tipo de resíduo é seu potencial de contaminação e seu risco à saúde e ao meio ambiente. Como consequência, seu descarte, transporte e destinação final exigem atenção especial.

Quais são os tipos de resíduos hospitalares?

Os tipos de resíduos hospitalares se dividem em grupos diferentes, de acordo com suas características e com os riscos que apresentam. A divisão está prevista pela RDC n° 222/2018, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Cada grupo exige medidas específicas de tratamento e destinação, com foco em manter a proteção de todos.

A seguir, veja como é a categorização desses resíduos.

Resíduos infectantes (grupo A)

O grupo A é composto pelos resíduos que apresentam risco biológico graças à presença de agentes infecciosos. Fazem parte dessa categoria itens contaminados com sangue, tecidos, secreções, culturas de microorganismos e afins. Alguns exemplos são luvas, gazes, máscaras e demais produtos que entram em contato com pacientes infectados.

Resíduos químicos (grupo B)

o grupo B inclui os resíduos que têm substâncias químicas perigosas, inflamáveis, corrosivas, reativas ou potencialmente tóxicas. Entre os exemplos, estão medicamentos vencidos, resíduos de quimioterapia, reagentes de laboratório, produtos de limpeza hospitalar, entre outros.

Resíduos radioativos (grupo C)

No grupo C, estão os resíduos que sobram de atividades com materiais radioativos, como os de equipamentos de raio-X e tratamentos de radioterapia. Essa categoria oferece um risco especialmente alto, o que requer um controle mais rigoroso.

Resíduos comuns (grupo D)

No grupo D, você encontra os resíduos comuns, que são aqueles que não têm risco biológico, químico ou radiológico. São semelhantes ao lixo doméstico, como papel, plástico e restos de alimentos. No entanto, precisam de um gerenciamento específico para que não se misturem aos resíduos perigosos.

Resíduos perfurocortantes (grupo E)

Por fim, o grupo E compreende aqueles objetos que podem furar ou cortar a pele, como agulhas, bisturis, lâminas e ampolas de vidro. Mesmo quando esses itens não apresentam contaminação, o descarte requer cuidados para diminuir os riscos de acidentes.

Qual a importância do gerenciamento de resíduos hospitalares?

Manejar corretamente esses resíduos é fundamental para preservar a saúde pública, cuidar do meio ambiente e manter a segurança dos profissionais. Mais do que uma obrigação legal, o processo ajuda a evitar os impactos graves de uma gestão ineficiente.

Entenda o que justifica a importância do gerenciamento de resíduos hospitalares a seguir.

Reduz a disseminação de doenças

Os resíduos hospitalares contaminados podem servir como vetores de patógenos diversos, como vírus, fungos e bactérias. Se o descarte for inadequado, profissionais, pacientes e toda a comunidade ficam expostos ao risco de infecções..

Protege o meio ambiente

Outro ponto importante desse gerenciamento envolve a proteção ao meio ambiente. Diversas substâncias químicas e resíduos infectantes podem contaminar o solo e a água, enquanto a queima inadequada pode gerar gases tóxicos. Por outro lado, fazer uma gestão correta evita esses impactos e garante um cuidado maior com os recursos naturais.

Traz segurança para os trabalhadores da saúde

Se o manejo não ocorrer da forma certa, os profissionais que lidam com os resíduos hospitalares correm mais riscos de saúde e bem-estar. Com as boas práticas em vigor, há menos chances de acidentes, contaminações e problemas semelhantes.

Assegura a conformidade legal

Além da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/2010), há regras específicas para a gestão desse tipo de resíduo. A Resolução CONAMA N° 358/2005 e a RDC ANVISA n° 222/2018 são específicas sobre o tema. 

Não cumprir essas exigências leva à falta de conformidade legal, o que pode gerar multas e sanções, como a interrupção das atividades.

Reduz custos

Acertar no gerenciamento de resíduos hospitalares também tem a ver com a redução de custos. Um processo eficiente favorece a separação e o manejo corretos dos itens, com diminuição do volume dos itens perigosos e diminuição dos gastos com tratamento e destinação, por exemplo. Já uma atuação ineficaz gera retrabalhos, perdas socioambientais e multas.

Fortalece a responsabilidade socioambiental

Além de tudo, um manejo responsável desse tipo de resíduo é essencial para consolidar uma reputação positiva no mercado. Com os cuidados certos, a instituição de saúde demonstra compromisso socioambiental e se posiciona de maneira mais positiva.

Compreender essa relevância é o primeiro passo para garantir segurança e conformidade legal. A seguir, você confere quais são as práticas essenciais para colocar esse gerenciamento em prática com eficiência.

Como gerenciar os resíduos hospitalares?

Para uma gestão eficiente dos resíduos hospitalares, é essencial contar com um bom planejamento e controle em todas as etapas do processo. O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) exerce um papel central nessa tarefa, pois orienta desde a segregação até a destinação final dos resíduos.

Com o apoio do PGRSS e de rotinas bem definidas, é possível garantir o cumprimento das normas, reduzir riscos e otimizar os processos.

A seguir, confira como gerenciar resíduos hospitalares.

1. Classifique corretamente

A primeira etapa consiste em classificar de maneira adequada todos os resíduos gerados. Use a divisão de grupos entre A e E, de acordo com as características e com o risco de cada material.

2. Separe os resíduos no local de geração

Logo após a classificação, o ideal é separar os resíduos hospitalares no próprio local de geração. Ao descartar uma agulha (grupo E) e uma embalagem de papel (grupo D), por exemplo, o ideal é que os itens sejam acondicionados separadamente. Assim, você evita a contaminação e facilita as próximas etapas.

3. Capacite as equipes

Qualquer gestão de resíduos é mais eficiente com o apoio de times preparados, mas a capacitação se torna ainda mais relevante no caso dos componentes hospitalares. Logo, é importante treinar os times sobre todos os processos para lidar com os resíduos, o que inclui conhecer:

  • riscos dos resíduos;
  • boas práticas;
  • erros a evitar;
  • quais equipamentos de proteção usar;
  • o que fazer em caso de acidentes.

4. Adote rotinas padronizadas

Na coleta e no armazenamento, em especial, vale a pena ter rotinas padronizadas. O ideal é que a coleta interna aconteça em horários e trajetos específicos, com os recipientes certos. Já o armazenamento deve ocorrer em áreas com isolamento, ventilação e sinalização.

5. Destine cada tipo da maneira ideal

Como cada resíduo tem as próprias características, os grupos exigem destinações diferentes. As principais incluem incineração, autoclavação, destinação para aterros sanitários industriais ou coleta especializada. A escolha adequada, que inclui a contratação de parceiros licenciados, é essencial para cumprir as exigências.

6. Conte com o apoio da tecnologia

Utilizar o potencial da tecnologia, como ao adotar um software de gerenciamento ambiental, torna todo o processo mais eficiente. Com uma ferramenta do tipo é possível registrar todas as etapas, acompanhar indicadores e ter total rastreamento.

Ambisis é o software ideal para ajudar você nesse processo. Com a plataforma, você registra todas as etapas, acompanha indicadores em tempo real e tem total rastreabilidade e centralização de informações. Ainda, essa é uma forma de evitar erros manuais e de facilitar a comprovação de cada etapa.

Ambisis: gestão ambiental completa para empresas e consultorias

Como você aprendeu, o manejo de resíduos hospitalares é fundamental para garantir segurança, eficiência e conformidade legal. Desde a classificação e separação até o tratamento e destinação final, cada etapa exige atenção e preparo para evitar os riscos.

Para ter mais controle, agilidade e segurança, conte com a Ambisis. A nossa plataforma completa de gerenciamento ambiental permite automatizar processos, monitorar indicadores e cumprir todas as exigências legais com mais facilidade.

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