As toneladas de entulhos em obras agravam problemas ambientais, elevam os custos e colocam em risco a segurança dos projetos. Para evitar esses e outros problemas, é essencial elaborar o PGRCC conforme as regras ambientais.
Esse plano funciona como uma ferramenta para organizar e gerenciar corretamente os resíduos da construção civil. Além de ser obrigatório, esse documento também pode servir como uma estratégia para construtoras, incorporadoras e outras empresas do setor que desejam atuar de forma mais sustentável e com melhor reputação.
Neste guia, você descobre o que é PGRCC, por que é importante e como fazê-lo. Continue a leitura e aproveite!
O que é PGRCC?
O Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) é um documento técnico obrigatório para qualquer obra, independentemente de seu porte. Com essa documentação, é possível detalhar, padronizar e organizar as etapas do manejo de resíduos de construções, reformas e demolições.
A principal função do documento é estruturar desde a identificação dos tipos de resíduos até o planejamento de transportes e destinação. A elaboração do plano deve ocorrer de acordo com a legislação ambiental brasileira, como a Resolução CONAMA nº 307/2002.
Ao saber o que é PGRCC, você nota que esse plano funciona como um guia para construtoras, empreiteiras e outros responsáveis pelo setor de construção civil. Assim, pode-se garantir que cada resíduo passe pelos processos de separação, acondicionamento, transporte e destinação, com prevenção de danos ambientais e sociais.
Qual a importância do PGRCC?
Segundo o “Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil 2024”, da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA), o setor de construção civil gerou mais de 44 milhões de toneladas de resíduos no Brasil, em 2023. Esse número demonstra o grande desafio que é lidar corretamente com o elevado volume que o setor gera anualmente.
Sem um gerenciamento estruturado, o descarte dos materiais pode ocorrer de forma inadequada, o que causa impactos ambientais. Entre os principais efeitos estão a poluição do solo, a contaminação de recursos hídricos e a sobrecarga de aterros sanitários.
O PGRCC, portanto, serve para orientar uma gestão responsável que proteja o ambiente e evite problemas como acúmulo de resíduos em áreas urbanas. Assim, também há uma contribuição para a saúde pública e para o bem-estar coletivo.
Outro ponto importante é que o plano é obrigatório. Sua criação, portanto, está relacionada diretamente ao cumprimento das normas ambientais. Essa é uma etapa fundamental para o licenciamento das obras e para evitar multas e embargos.
A adoção de práticas sustentáveis e eficientes também permite que as empresas do setor demonstrem compromisso com a responsabilidade socioambiental. Em especial, esse é um ponto que fortalece a imagem do negócio e contribui para uma reputação positiva.
Como fazer um PGRCC?
Devido à importância do PGRCC, sua elaboração deve ser realizada em etapas e com uma boa estrutura. Assim, pode-se garantir que o gerenciamento dos resíduos acontecerá de forma eficiente e em conformidade com a legislação.
A seguir, veja dicas práticas de como fazer um PGRCC!
1. Identificação dos resíduos
O primeiro passo na elaboração do plano é caracterizar os resíduos gerados na obra. Essa etapa exige identificar, quantificar e descrever cada tipo de material descartado. Entre os principais, estão:
- concreto;
- madeira;
- metais;
- plásticos;
- resíduos perigosos.
Essa etapa serve para fazer um reconhecimento inicial da origem e do volume de resíduos. Com essas informações, fica mais fácil planejar as próximas etapas, com foco na conformidade ambiental.
2. Classificação dos resíduos
Depois da identificação e da caracterização, é preciso classificar os resíduos de acordo com as categorias definidas pela Resolução CONAMA 307. Os resíduos se dividem em classes A, B, C e D, de acordo com características como potencial de reciclagem, potencial de reutilização e nível de periculosidade.
Veja as categorias:
- classe A: resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados;
- classe B: recicláveis para outros fins, como plástico, papel e metais;
- classe C: sem tecnologia disponível de reciclagem ou reutilização;
- classe D: perigosos, como tintas e solventes.
A classificação precisa ser feita corretamente porque orienta o tratamento e a destinação para cada tipo de material. Logo, essa é uma etapa crítica para evitar riscos socioambientais.
3. Definição de diretrizes
Com o mapeamento pronto, é preciso definir as diretrizes operacionais, como as regras para segregar os resíduos de acordo com suas classes. O ideal é que a triagem ocorra no próprio canteiro de obras — tanto para facilitar o processo quanto para evitar danos.
Esse também é o momento de estipular como serão as etapas de acondicionamento e transporte, além da frequência de recolhimento na obra. Ainda, é preciso estabelecer um cronograma e definir os responsáveis na equipe.
4. Definição dos destinos finais
O PGRCC também precisa conter os locais de destinação dos resíduos, como centros de reciclagem, aterros licenciados ou locais de triagem. Todos os locais devem ter a devida autorização para o recebimento dos materiais.
Outro ponto importante nesse momento é a definição das rotas logísticas. O planejamento ajuda a garantir mais eficiência, reduz os riscos de danos e mantém a rastreabilidade dos descartes.
5. Definição de mecanismos de monitoramento
Por fim, o plano deve estabelecer formas de registrar e controlar todas as etapas. Entre as documentações necessárias estão os Manifestos de Transporte de Resíduos (MTRs), relatórios periódicos e outros registros, inclusive com ajuda da tecnologia.
O objetivo é acompanhar desde as etapas iniciais até o descarte final, medir resultados e corrigir falhas. Essa também é uma forma de comprovar o atendimento a todas as regras ambientais previstas.
Como fazer o gerenciamento de resíduos na construção civil?
Fazer a gestão de resíduos da construção civil significa colocar em prática o PGRCC, de modo a evitar os riscos socioambientais que um descarte inadequado pode causar. Logo, um gerenciamento de sucesso depende, necessariamente, de um plano completo e boa estrutura.
Após concluir essa etapa, é possível adotar diversas práticas e técnicas que apoiam o gerenciamento dos resíduos em todas as etapas. Veja os pontos principais!
1. Mapeie os fluxos de geração de resíduos de forma antecipada: antes de iniciar a obra, antecipe os tipos e volumes de resíduos por etapa da construção. Essa é uma técnica que ajuda a organizar a infraestrutura e viabiliza o cronograma do PGRCC.
2. Defina áreas específicas para triagem e armazenamento: é fundamental manter a organização dos resíduos já no canteiro de obras, com a separação por tipo. Para tanto, vale prever o local mais adequado, com sinalização e de fácil acesso para transporte.
3. Segregue os resíduos na fonte: uma parte importante da organização no gerenciamento envolve a separação dos resíduos no momento e local de geração. Essa é uma forma de evitar contaminações, facilitar a reciclagem ou reaproveitamento e cumprir o planejamento.
4. Capacite todas as pessoas envolvidas: o ideal é promover treinamentos regulares e campanhas internas para todos os profissionais. O objetivo é reforçar os procedimentos corretos e apresentar os riscos de práticas inadequadas.
5. Utilize fornecedores regularizados: também é essencial verificar a regularidade de atuação de todos os fornecedores e parceiros, como transportadoras e aterros. Desse modo, você garante a destinação adequada e com conformidade legal.
6. Atualize e padronize a documentação: mantenha os MTRs e outros documentos exigidos pelos órgãos ambientais sempre atualizados. A padronização também é importante para garantir o cumprimento de todas as regras, como a apresentação de informações.
7. Adote a tecnologia no processo: facilite o gerenciamento de resíduos na construção civil ao contar com a tecnologia, como um software de gerenciamento ambiental. Com essa ferramenta, é possível centralizar informações, receber alertas e gerar relatórios que apoiam a tomada de decisão.
Com o software da Ambisis, você estrutura o PGRCC de ponta a ponta, o que inclui desde o mapeamento inicial até o controle de indicadores. Além de manter tudo em um só lugar, você tem funções como histórico de projetos e relatórios personalizados para otimizar a rotina.
Execute o PGRCC com confiança com o Ambisis
Como você viu, implementar um PGRCC corretamente é indispensável para superar os desafios de geração de resíduos nesse setor. Com um plano estruturado e com direcionamento para boas práticas, as obras se tornam mais seguras, sustentáveis e em conformidade com a legislação ambiental.
Com o Ambisis, você incorpora a tecnologia com estratégia à rotina do PGRCC. Além de centralizar informações, a plataforma emite alertas automáticos, mantém os MTRs sempre atualizados e gera relatórios completos que facilitam a tomada de decisão. Ainda, você aproveita uma interface intuitiva e suporte especializado para potencializar seus resultados.
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