Os riscos ambientais estão presentes em diversas áreas de atuação e podem impactar não apenas o meio ambiente, mas também a saúde de trabalhadores e a comunidade.
Para gestores preocupados com a sustentabilidade e o cumprimento das normas ambientais, entender os riscos e saber como controlá-los é essencial.
A seguir, saiba o que são os riscos ambientais, como classificá-los e confira dicas para implementar medidas preventivas em sua empresa.
O que são os riscos ambientais?
Os riscos ambientais referem-se a qualquer agente, fator ou condição que, devido à sua natureza, intensidade, concentração ou tempo de exposição, possa causar danos ao meio ambiente ou à saúde humana.
As origens podem ser diversas, como física, química ou biológica, e se tornam um perigo real sem a devida identificação e controle.
Nesse sentido, a classificação dos riscos ambientais é uma maneira de categorizar tais perigos de acordo com sua origem e impacto potencial. Na prática, a classificação facilita o entendimento e o desenvolvimento de estratégias eficazes para mitigação dos danos que podem causar.
No Brasil, a legislação exige que empresas realizem a avaliação e o controle de todos os riscos de forma sistemática, a fim de proteger o meio ambiente e a saúde da população.
De acordo com o Ibama, a gestão dos riscos envolve algumas etapas, como: identificação, análise, avaliação, monitoramento, comunicação, tratamento e prevenção de acidentes.
Riscos e classificação em cores
O Mapa de Riscos utiliza cores para classificá-los conforme a gravidade. De acordo com a Comissão de Saúde do Trabalhador, se dividem em:
- Grupo 1 – Verde: Riscos Físicos;
- Grupo 2 – Vermelho: Riscos Químicos;
- Grupo 3 – Marrom: Riscos Biológicos;
- Grupo 4 – Amarelo: Riscos Ergonômicos;
- Grupo 5 – Azul: Riscos de Acidentes.
Abaixo, confira exemplos práticos para entender melhor.
Exemplos de riscos ambientais
É fundamental que as empresas estejam atentas aos diversos tipos de riscos que podem impactar seus processos e operações.
Entre os exemplos de riscos ambientais presentes em diferentes ambientes de trabalho estão:
- riscos físicos, que envolvem fatores como ruídos excessivos, vibrações, radiações e temperaturas extremas;
- riscos químicos, substâncias como poeiras, vapores ou gases presentes em diversos setores, como indústrias químicas, de mineração e até na construção civil;
- riscos biológicos provenientes de fungos, bactérias, vírus e parasitas, todos agentes biológicos presentes em ambientes hospitalares, clínicas de saúde ou em laboratórios de pesquisa;
- riscos ergonômicos, como posturas inadequadas, movimentos repetitivos ou esforço excessivo durante as atividades laborais, que podem ocasionar lesões musculoesqueléticas;
- riscos de acidentes, que envolvem situações como quedas, choques elétricos ou queimaduras, por exemplo — situações nas quais a prevenção ocorre com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e treinamentos.
Conheça os tipos de laudo e a importância da avaliação na vistoria ambiental.
Quais os riscos ambientais mais comuns nas empresas?
Nas empresas, os riscos variam de acordo com o setor de atuação, mas alguns são comuns à maioria das indústrias.
Em geral, representam ameaças tanto para o meio ambiente quanto para a saúde e segurança dos colaboradores. Por isso, conhecê-los e realizar a avaliação das áreas de riscos ambientais e sanitários regularmente é essencial para mitigar impactos e garantir a conformidade com as leis ambientais.
Confira a seguir os tipos de riscos mais comuns!
Poluição do ar
Indústrias como as do setor químico frequentemente emitem gases, vapores e poeiras tóxicas no ambiente. O risco para a saúde respiratória dos trabalhadores é alto, logo, a avaliação das áreas de risco ajuda a implementar controles eficazes, como sistemas de ventilação e monitoramento da qualidade do ar.
Contaminação da água
No caso das empresas que manipulam substâncias químicas ou geram resíduos industriais, suas atividades podem impactar os recursos hídricos ao liberar efluentes sem o tratamento adequado.
Portanto, realizar auditorias ambientais e avaliar regularmente as áreas de risco são estratégias que ajudam a prevenir danos à água e ao solo.
Exposição a produtos químicos
O manuseio inadequado de produtos químicos representa um grande risco para a sociedade e para a natureza. A fim de garantir a segurança, é fundamental que as empresas realizem uma avaliação das áreas para assegurar o cumprimento de todos os protocolos de segurança e armazenamento.
Riscos biológicos
As empresas que atuam no setor de saúde, limpeza de esgoto ou coleta de resíduos estão expostas a agentes biológicos. Dessa forma, a avaliação e o controle dos riscos são medidas fundamentais para evitar a disseminação de doenças, especialmente em ambientes com alta carga microbiológica.
É importante saber que cada um desses riscos requer monitoramento constante para garantir um ambiente de trabalho seguro e em conformidade com as regulamentações ambientais.
Agora que você já sabe o que é risco ambiental e seus principais tipos, confira dicas para preveni-los.
O que é o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)?
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é uma estratégia estruturada adotada pelas empresas para identificar, avaliar e minimizar os impactos ambientais em suas operações.
O PPRA envolve a implementação de práticas e medidas que visam reduzir os riscos de poluição, acidentes e danos ao meio ambiente, a fim de proteger tanto a saúde dos colaboradores quanto o ecossistema ao redor.
O programa inclui a realização de auditorias ambientais, o desenvolvimento de planos de ação, o treinamento contínuo dos funcionários e o monitoramento constante das condições ambientais.
Ou seja, trata-se de uma abordagem proativa, com a qual a empresa garante conformidade com a legislação e, sobretudo, demonstra seu compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.
De acordo com a Norma Reguladora 9, os parâmetros mínimos para o PPRA envolvem a seguinte estrutura:
- planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
- estratégia e metodologia de ação;
- forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
- periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Quais as etapas do PPRA?
- antecipação e reconhecimentos dos riscos;
- estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
- avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
- implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
- monitoramento da exposição aos riscos;
- registro e divulgação dos dados.
Sempre que necessário, e pelo menos uma vez ao ano, a empresa deve realizar uma análise global do programa a fim de avaliar o seu desenvolvimento. Durante a análise, é possível identificar ajustes necessários ou mesmo estabelecer novas metas e prioridades.
A tecnologia é uma aliada no controle dos riscos e pode tornar a análise, bem como os registros, mais prática. Entenda mais sobre o uso de softwares ambientais no próximo tópico.
Saiba mais sobre gestão de não conformidade e a importância para empresas de diferentes segmentos.
Como um software de gestão ambiental pode ajudar a controlar os riscos ambientais?
Um software de gestão ambiental facilita o controle dos riscos ao integrar todas as informações relevantes em uma plataforma única e acessível.
Por meio de funcionalidades como monitoramento de indicadores ambientais, alertas de vencimento, relatórios completos e dashboards estratégicos, a plataforma da Ambisis permite identificar rapidamente os riscos potenciais e tomar decisões informadas.
Além disso, a gestão eficiente de resíduos, o acompanhamento do licenciamento e o controle de indicadores são outras ferramentas disponíveis que ajudam a prevenir riscos, garantir a sustentabilidade e otimizar processos dentro da sua organização.
Como se vê, proteger o meio ambiente e evitar os riscos decorrentes da sua operação nunca foi tão importante.
Com o auxílio da Ambisis, é possível ter uma gestão ambiental mais eficiente, em conformidade com a legislação.
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