A gestão de não conformidade, no contexto ambiental, ajuda a garantir o cumprimento de diversas leis e normas. Um desvio no processo, como um resíduo armazenado incorretamente, exige ação imediata. É para formalizar essa ação que existe o relatório de não conformidade (RNC).
Na prática, este documento é a ferramenta central que registra o desvio, impulsiona a análise de suas causas e, o mais importante, define o plano de ação para corrigir a rota.
Sem um registro formal, os erros tendem a se repetir, o que gera multas, prejudica a operação e desgasta a imagem da empresa.
Quer descobrir exatamente o que é este relatório e como o documento protege sua organização na prática? Continue a leitura para saber mais!
O que é um relatório de não conformidade?
É um documento formal que registra detalhadamente qualquer desvio ou falha que ocorra em relação a um padrão, norma, lei ou requisito de sistema de gestão. Serve como o ponto de partida oficial para a investigação da ocorrência e a implementação das ações corretivas necessárias.
A criação deste documento é um pilar da melhoria contínua. No contexto ambiental, é fundamental para a conformidade legal. Quando uma auditoria ambiental interna ou uma inspeção de campo identifica um vazamento, uma emissão acima do limite ou o descarte incorreto de resíduos, por exemplo, o relatório formaliza a descoberta.
Entender o que é um relatório de não conformidade é o primeiro passo para uma gestão eficaz. Diferente de outros relatórios ambientais que apenas apresentam dados (como os de monitoramento), este documento exige uma resposta.
O RNC dá suporte para a empresa investigar a causa raiz do problema e definir um plano para evitar a recorrência da não conformidade, o que protege de multas e passivos ambientais.

O que um relatório de não conformidade deve conter?
Deve incluir a descrição clara do desvio identificado, a data e o local da ocorrência, a norma ou requisito que foi violado e as evidências objetivas disponíveis (como fotos ou dados de medição). Também deve apontar a causa raiz e o plano de ação corretiva.
Uma estrutura bem-definida é o que garante a eficácia do documento. Embora o formato possa variar, saber o que um relatório de não conformidade deve conter é essencial para cumprir sua função de investigar e corrigir.
Assim, para que o relatório de não conformidade seja completo, deve incluir:
- descrição do desvio: detalhamento claro do que aconteceu. Por exemplo: “Vazamento de óleo no pátio próximo ao Dreno 03” em vez de apenas “vazamento”;
- local, data e hora: informações precisas de quando e onde a não conformidade foi identificada;
- requisito violado: indicação exata da norma, lei, procedimento interno ou item de licença que não foi atendido;
- evidências: provas objetivas do desvio, o que inclui fotos georreferenciadas, vídeos, resultados de análises laboratoriais ou registros de equipamentos;
- análise de causa raiz: a investigação do que gerou o problema, para evitar que a correção seja apenas superficial;
- plano de ação: definição das ações corretivas (para eliminar o problema) e preventivas (para evitar a recorrência), com prazos e responsáveis;
- responsáveis e assinaturas: identificação de quem registrou o RNC e quem aprova o plano de ação.

Como elaborar um relatório de não conformidade ambiental?
É preciso fazer a identificação imediata do desvio, o registro detalhado das evidências e da área afetada e a comunicação aos responsáveis. Em seguida, deve-se conduzir a análise de causa raiz, propor o plano de ação corretiva e, por fim, monitorar a eficácia da solução implementada.
Para que esse fluxo funcione na prática, o processo não deve ser apenas reativo. Entender como elaborar um relatório de não conformidade ambiental é, na verdade, definir um método de investigação estruturado para que a causa raiz seja encontrada e a solução seja definitiva.
Adote os passos a seguir para acertar na elaboração.
1. Identificação e registro imediato
Assim que um desvio é percebido, como em uma inspeção de rotina, por um alarme de equipamento ou pela observação de um colaborador, deve ser registrado imediatamente.
A agilidade aqui é útil para conter danos e iniciar a ação de contenção. O registro inicial deve ser objetivo, com descrição de “o que” foi visto e “onde” ocorreu.
2. Coleta de evidências e contexto
Com o desvio identificado, o próximo passo é documentar a cena, pois é essencial para a análise futura.
A equipe deve tirar fotos (preferencialmente com georreferenciamento), coletar amostras se aplicável (ex: efluente), anotar leituras de medidores e até entrevistar quem testemunhou o evento. As evidências precisam ser incontestáveis.
3. Análise da causa raiz
Este é o coração do RNC. Por exemplo, não basta corrigir o vazamento, é preciso saber por que o quadro ocorreu. Foi falha de equipamento? Falta de treinamento? Procedimento inadequado?
Ferramentas como os “5 Porquês” ou o Diagrama de Ishikawa ajudam a ir além do sintoma e encontrar a causa real do problema. Sem essa avaliação, a não conformidade voltará a ocorrer.
4. Definição do plano de ação
Com a causa raiz definida, a equipe deve elaborar as soluções. O plano de ação deve ser dividido em duas frentes:
- ação corretiva: resolve o problema imediato (ex: consertar a tubulação que vazou);
- ação preventiva (ou de melhoria): evita a reincidência (ex: implementar um novo plano de manutenção preditiva para todas as tubulações). O plano deve ter responsáveis claros e prazos definidos.
5. Verificação da eficácia e encerramento
Após a implementação das ações, o relatório de não conformidade não é fechado imediatamente. É preciso um período de monitoramento para verificar se as soluções funcionaram e se o problema não retornou.
Somente após a confirmação da eficácia, o RNC é formalmente encerrado.
Como a tecnologia pode ajudar a criar e usar o relatório?
A tecnologia digitaliza inspeções, automatiza o registro de desvios, facilita a coleta de evidências em campo e centraliza a gestão de não conformidade. Essa solução agiliza a criação do RNC e o monitoramento dos planos de ação, o que elimina o retrabalho de planilhas e papéis.
Além disso, ferramentas especializadas substituem pranchetas e anotações manuais por processos automáticos e padronizados. Um exemplo é o checklist inteligente da Ambisis, desenvolvido especificamente para a rotina de profissionais de meio ambiente, facilitando a coleta de dados e melhorando a precisão das informações.
Um dos diferenciais do Checklist Inteligente Ambisis é o aplicativo mobile, que funciona mesmo sem conexão com a internet. Nele, é possível criar modelos de checklist personalizáveis e registrar evidências fotográficas que já saem com georreferenciamento automático, o que garante total rastreabilidade da informação.
Além disso, o grande avanço está na Inteligência Artificial treinada para o setor ambiental, que gera relatórios completos em minutos a partir de áudios e imagens. Com ela, profissionais precisam apenas fazer registros e apontar se o item está conforme ou não.
A partir desses dados brutos, a IA da Ambisis analisa o desvio, redige as observações técnicas detalhadas, sugere planos de ação completos e gera a conclusão automática. Tudo com linguagem adequada.
Mais do que só registrar o problema, a tecnologia acelera a solução. Com a ferramenta certa, você transforma o relatório de não conformidade em uma ferramenta ágil de melhoria contínua, o que garante que a empresa responda aos desvios com velocidade e precisão.
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