Ao integrar critérios ambientais, sociais e de governança, as empresas conseguem alinhar seus resultados financeiros a impactos positivos reais. É por isso que as metas de ESG ganham cada vez mais protagonismo nas estratégias.
De fato, 88% das empresas globais veem a sustentabilidade como uma alavanca para criar valor no longo prazo e mais de 80% conseguem mensurar o retorno de investimentos sustentáveis, conforme dados da empresa Morgan Stanley.
Na prática, significa que metas bem estruturadas voltadas para ESG inspiram confiança e entregam resultados financeiros reais. No entanto, o maior desafio está em sair do discurso e estruturar metas que gerem valor verdadeiro.
Para não ter dúvidas, continue a leitura e entenda como definir, acompanhar e atingir as metas de sustentabilidade com consistência.
Como definir metas de ESG eficazes?
Na hora de estabelecer os resultados desejados para o negócio, é essencial entender que essas são ferramentas que devem refletir o propósito da organização, incluir os desafios do setor e se alinhar à estratégia. Na prática, a meta precisa fazer sentido no contexto de atuação do negócio.
Outro aspecto essencial é o envolvimento das partes interessadas. Colaboradores, fornecedores, clientes, investidores e até a comunidade podem contribuir para a construção de metas mais realistas, relevantes e legítimas. Quanto mais diálogo, maior o engajamento e a chance de sucesso.
Ainda, é interessante adotar o modelo SMART, que orienta a criação de metas específicas (S), mensuráveis (M), alcançáveis (A), relevantes (R) e temporais (T). Veja como aplicar cada um desses conceitos.
Específicas
As metas de ESG devem ser claras, sem margem para interpretações vagas. Por exemplo: “reduzir o consumo de água nas operações industriais”.
Mensuráveis
Toda meta também precisa ser quantificável, pois é o que permite acompanhar o progresso e identificar gargalos. Exemplo: “atingir 80% de fornecedores com avaliação ESG até dezembro”.
Alcançáveis
Embora seja importante desafiar o time, as metas irrealistas desmotivam. É preciso considerar os recursos disponíveis e o grau de maturidade da empresa na agenda ESG.
Relevantes
A meta deve ter impacto real para o negócio e para a sociedade, além de contribuir com a estratégia e os valores da empresa.
Temporais
Estabelecer uma data final ajuda a manter o comprometimento da equipe, já que o prazo define urgência e foco.
No geral, saber como definir metas de ESG passa por estruturar esse processo com estratégia e consistência. Ao final, você pode chegar a resultados como:
- reduzir em 20% o uso de papel no escritório até dezembro;
- contratar ao menos 5 pessoas negras para cargos de liderança em até 2 anos;
- zerar o descarte de resíduos de forma irregular em todas as unidades em até dois semestres;
- treinar 100% dos colaboradores sobre ética e compliance até o primeiro trimestre do ano que vem;
- diminuir em 15% as emissões de CO2 do transporte corporativo em 12 meses.
Além de defini-las, é essencial acompanhar os resultados dessas metas, o que envolve escolher os indicadores adequados. É o que você vê a seguir.
Quais são os principais indicadores para metas de ESG?
Mensurar o desempenho de ESG exige o uso de indicadores confiáveis e que façam sentido para os objetivos da organização. Com esses índices, você consegue avaliar se os compromissos assumidos geram impacto e ajudam a tomar decisões mais efetivas ao longo do processo.
Assim, não basta adotar métricas genéricas. Na verdade, é preciso escolher aquelas que se alinham com o contexto da empresa e com as metas que foram definidas.
Na sequência, confira alguns dos principais indicadores utilizados para acompanhar a evolução das metas de ESG, de acordo com os três pilares da sustentabilidade.
Metas ambientais
As metas ambientais permitem acompanhar como a empresa impacta os recursos naturais e o clima. Exemplos de indicadores para usar incluem:
- emissões de gases de efeito estufa (GEE): quantifica as emissões de CO2 e outros gases equivalentes gerados pelas atividades da empresa. Pode ser dividido por escopo (1, 2 e 3) e ajuda a mapear e mitigar os principais pontos de impacto climático da operação;
- consumo de recursos naturais: acompanha o uso de água, energia e matérias-primas. É um indicador útil para identificar excessos, propor medidas de economia e tornar os processos mais eficientes do ponto de vista ambiental;
- volume de resíduos enviados para aterro: aponta a quantidade de resíduos que não foi reciclada ou reaproveitada. Reduções nesse indicador refletem melhorias na gestão de resíduos e maior aderência a práticas de economia circular.
Metas sociais
As metas sociais envolvem o cuidado com as pessoas que atuam na empresa, bem como a adoção de medidas para evitar preconceitos ou distorções na força de trabalho. Alguns indicadores incluem:
- índice de diversidade e inclusão: avalia a representatividade de grupos minorizados (gênero, raça, PCD, LGBTQIA+) no quadro de colaboradores, especialmente em cargos de liderança. Serve como termômetro da cultura organizacional e da equidade nas oportunidades;
- taxa de rotatividade (turnover): revela o percentual de desligamentos em relação ao total de colaboradores. Altas taxas podem indicar problemas de clima, gestão ou desalinhamento com os valores da empresa;
- índices de acidentes de trabalho: monitora a frequência e gravidade de acidentes na operação. É essencial para avaliar o comprometimento da empresa com a saúde e segurança dos colaboradores.
Metas de governança
Já as metas de governança se relacionam à transparência e responsabilidade corporativa nas diferentes decisões. É possível adotar indicadores como:
- incidentes de não conformidade: mede a quantidade de infrações ambientais, legais ou de conduta ética. É um indicador essencial para acompanhar os riscos, manter a conformidade e fortalecer a governança;
- número de fornecedores avaliados com critérios ESG: mostra quantos parceiros passaram por análise com base em critérios ambientais, sociais e de governança. Esse indicador fortalece a responsabilidade da empresa em toda a cadeia de valor.
Além desses, há outros indicadores para metas de ESG e a escolha deve considerar a realidade da empresa, o setor em que atua e o impacto que deseja gerar. Boas métricas orientam, corrigem rotas e fortalecem a credibilidade da estratégia.
Como monitorar metas de ESG?
Definir as metas é só o primeiro passo, já que o real desafio está em garantir que avancem na direção certa. Na prática, acompanhar o progresso das metas de ESG permite identificar gargalos, reforçar o que funciona e ajustar estratégias antes que se tornem ineficazes.
O acompanhamento constante também fortalece a transparência com as partes interessadas e eleva o grau de maturidade da empresa em sustentabilidade corporativa.
Quer entender como monitorar metas de ESG com eficiência? Confira os principais recursos.
1. Relatórios periódicos com indicadores-chave
Os relatórios mensais, trimestrais ou anuais ajudam a consolidar os dados e avaliar a evolução de cada uma das metas de ESG. Essas ferramentas devem incluir os principais indicadores, comparações com períodos anteriores e análises críticas para orientar decisões.
2. Painéis de controle (dashboards)
Ferramentas visuais que reúnem dados em tempo real são valiosas para o acompanhamento ágil. Inclusive, os dashboards personalizados permitem que diferentes áreas acompanhem o que é mais relevante para sua atuação e facilitam a gestão integrada.
3. Auditorias internas e externas
Auditorias reforçam a credibilidade dos dados e mostram o comprometimento da empresa com boas práticas ESG. As internas ajudam a manter o controle, enquanto as externas trazem validação independente e podem apoiar certificações.
4. Softwares de gestão ESG
Plataformas digitais automatizam a coleta, organização e análise de dados. No pilar ambiental da sigla, soluções como as da Ambisis permitem centralizar documentos, gerar alertas e acompanhar o cumprimento das metas de ESG de forma estruturada e segura.
5. Envolvimento contínuo das áreas
As áreas responsáveis devem participar ativamente do monitoramento, com metas claras e indicadores sob sua gestão. Essa é uma forma de garantir o engajamento da equipe e promover melhorias mais consistentes.
Com esses recursos e etapas, é possível criar uma base para que o acompanhamento ajude na conquista de resultados reais, além de fortalecer a jornada ESG.
Leve o ESG adiante com estratégia, clareza e ação
Como você acompanhou, adotar metas de ESG bem estruturadas é um passo decisivo para empresas que buscam relevância, longevidade e impacto positivo. Quando esses resultados são definidos com critério e monitorados com consistência, deixam de ser promessas e se tornam resultados tangíveis para o negócio e para a sociedade.
O aspecto ambiental, em especial, exige atenção redobrada. Ferramentas como o software da Ambisis podem ser grandes aliadas para simplificar a gestão, centralizar informações e garantir o cumprimento das obrigações legais com mais eficiência.Se você quer dar o próximo passo com segurança, aproveite para baixar o nosso e-book gratuito sobre ESG na prática. O conteúdo vai te ajudar a transformar metas em práticas e acelerar a maturidade sustentável da sua empresa!